Ciência e Tecnologia

Em meio a pressão por corte de gastos, Lula diz que 'educação é investimento'

Presidente discursou durante a abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Durante esta tarde ele reuniu ministros para tratar de orçamento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou acreditar que a educação é um investimento, durante discurso na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia nesta terça-feira (5/11). Nesta semana, uma série de reuniões com ministros estão sendo realizadas no Palácio do Planalto para tratar de um corte de gastos. Entre as pastas afetadas está a educação.

“Neste governo é proibido utilizar a palavra gasto quando a gente fala em educação. A educação é investimento. Nada pode dar mais retorno do que a educação”, declarou o presidente.

Lula ainda relembrou que não possui um diploma universitário, mas que utilizou isso como combustível para proporcionar a educação a mais fatias da população.

“Minha obsessão não foi ficar com mágoa porque não aprendi e não cheguei na universidade. Minha obsessão é garantir que os filhos de todos brasileiros tenham o direito de ir para uma universidade. É por isso que a educação está impregnada na minha cabeça e também a política”, declarou.

O chefe do Executivo ainda relembrou que, historicamente, o Brasil não investiu em educação.
“Esse país fez uma opção histórica de não acreditar na educação durante muito tempo. Por que fomos o último da América do Sul a ter uma universidade federal? Obviamente que tinha uma decisão política de que aqueles que governavam o país até então, quem era rico, podia enviar seus filhos para estudar fora, e ao filho do pobre restava o direito de que pobre nasceu para trabalhar. Por que se apostou na ignorância? Porque é mais fácil o processo de dominação”, finalizou o presidente. 

Antes de comparecer ao evento, Lula passeou pelos estandes da feira de ciência e conversou com alguns estudantes. Durante a tarde, o presidente esteve reunido com alguns ministros no Palácio do Planalto para discutir corte de gastos. Entre eles, estava o ministro da Educação, Camilo Santana. Apesar de tudo apontar para o enxugamento de recursos na pasta, o discurso de investimento continua por parte do presidente e também do ministro, que já declarou ser “veemente contra” qualquer corte orçamentário na pasta.

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