O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta terça-feira (5/11), em Brasília. A oitiva ocorreu na sede da corporação no âmbito da investigação que apura atos antidemocráticos e uma tentativa de golpe de Estado.
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A coleta do depoimento de Ramagem foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar indícios que ligam uma articulação para um golpe de Estado e os atentados de 8 de janeiro de 2023 — quando extremistas invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília.
Além dele, na quarta-feira (7), a corporação deve tomar o depoimento de um general e coronéis do Exército que ainda não foram ouvidos no curso das investigações.
A tentativa de golpe de Estado, por meio do planejamento da tomada de poder, de acordo com as investigações, envolve aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as articulações, de acordo com as diligências, está o esquema de espionagem mantido na Abin durante a gestão de Ramagem. O ex-chefe da Abin é atualmente deputado federal pelo PL.
Bolsonaro também é investigado e as suspeitas é de que ele participou da elaboração de uma minuta golpista, que pretendia decretar estado de sítio e prender ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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