Senado

Pacheco sobre reforma tributária: 'Não podemos colocar obstáculo intransponível'

Líderes de partidos têm procurado o relator na tentativa de negociar um adiamento na análise do texto. A expectativa do presidente do Senado é que fase de regulamentação seja concluída com aprovação no início de dezembro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu aos parlamentares e ao setor produtivo um compromisso para que a reforma tributária seja finalizada até o fim deste ano. Líderes de partidos têm criticado o regime de urgência e procurado o relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), na tentativa de negociar um adiamento na análise do texto para o ano que vem.

A expectativa do presidente é que a fase de regulamentação seja concluída com aprovação no início de dezembro, antes que termine seu mandato à frente da Casa. “Temos a tarefa do exaurimento da reforma com a sua regulamentação. Faço um apelo a toda a sociedade e ao setor produtivo: tenhamos esse compromisso de finalização da reforma”, disse durante o 2º Simpósio da Liberdade Econômica, em Brasília. 

"Manicômio tributário"

Ele afirmou que a reforma está longe de ser a ideal, “mas é a possível para colocar fim ao manicômio tributário”. “Corrigiremos ao longo do tempo outras discussões que possam ser geradas. O que não podemos permitir é colocar um obstáculo intransponível para a finalização da reforma. Isso seria um retrocesso ao nosso país, porque é a reforma mais difícil de ser feita e conseguimos fazer a partir de uma união muito saudável”, reforçou.

Pacheco lembrou que o Brasil conseguiu aprovar uma série de reformas econômicas nos últimos 10 anos, mesmo com uma série de turbulências políticas, mencionando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a cassação de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. Para ele, a regulamentação da tributária seria uma forma de “coroar” essa agenda. 

Também participaram do evento o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), o secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, e o senador Efraim Filho (União Brasil-PB).

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