O ministro Camillo Santana destacou o aumento de aproximadamente 27% no número de inscritos entre anos de 2022 e 2024: "Também houve um aumento significativo dos alunos matriculados no terceiro ano do ensino médio, que estão fazendo a prova esse ano e que se inscreveram, comparado com o ano interior". A declaração foi feita em entrevista coletiva, após a visita do presidente Luiz Inácio da Silva à sala de monitoramento do Enem, na sede do Inep.
A equipe da Educação do governo federal falou à imprensa sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, que está sendo aplicado em 1.753 municípios, em 140 mil salas de aula e contam com 4,4 milhões de confirmados para fazer a prova neste primeiro domingo de provas, 3 de novembro.
Aumento dos Inscritos no Enem nos estados
"O Acre, no ano passado, tinha metade dos alunos inscritos, em torno de 52%. Este ano, foi 100% dos alunos do terceiro ano do ensino médio se matricularam. Dos nove estados do Nordeste, ano passado, nenhum teve 100%. Este ano, em oito estados do Nordeste, tiveram 100% dos alunos matriculados no ensino médio inscritos no Enem", informou o ministro.
Outro exemplo dado pelo ministro, em coletiva, foi o de São Paulo: de 44% superou os 80% no número de inscritos matriculados no último ano do terceiro ano do ensino médio, quase o dobro se comparado com 2023. Segundo Camilo, isso também aconteceu no Paraná, e no Rio Grande do Sul, "que mesmo com as enchentes passou de 50% para quase 90%. O estado contou com isenção das taxas de isenção do Enem.
"Isso é efeito do programa pé-de-meia, que dá incentivo financeiro. O aluno que fizer a prova hoje e fizer a prova no próximo domingo vai receber uma parcela a mais do pé-de-meia como um estímulo. Porque o Enem é a porta de entrada do ensino superior, tanto para o Sisu, para ir a uma universidade federal, quanto pro Prouni ou quanto para a seleção das bolsas do Fies",
O ministro da Educação ainda destacou a logística de acompanhamento e fiscalização para a aplicação das provas, que envolve quase meio milhão de pessoas, entre as polícias Federal (PF) e Rodoviária (PRF), os coordenadores. Todas as provas foram entregues de 8h às 11h desta manhã para as 149 mil salas de aula, sem nenhuma ocorrência segundo Camilo.
Em cada estado há um centro de monitoramento para acompanhar qualquer imprevisto, seja falta de energia ou água, como exemplificou o ministro, que comunicam o Inep, em Brasília, para então que a instituição se mobilize e solucione o problema.
Ao final, o Camilo reforçou o argumento dado anteriormente sobre a política pé-de-meia, "uma das maiores políticas de incentivo" criadas por Lula para, não só incentivar os alunos a fazerem a prova, mas também a permanecerem no ensino médio. O ministro atribuiu a ela o fato de vários estados terem dobrado o número de alunos inscritos.
O presidente esteve ao lado do ministro mas não fez nenhum pronunciamento. Jornalistas ainda quiseram perguntar sobre assuntos referentes a política internacional, mas o chefe de Estado disse que não comentaria nada que não fosse sobre educação. Mais cedo, Lula esteve na sala de monitoramento do Inep para acompanhar as estatísticas e andamento da distribuição das provas nos municípios brasileiros.
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