Articulação

Lula diz que Lira e Pacheco eram seus "inimigos", mas que viraram "amigos"

Petista declarou ainda, nesta quarta (27/11), que não vai interferir na sucessão às presidências da Câmara e do Senado, e que vai manter relações com os eleitos. "O papel do presidente é estabelecer conversas para aprovar aquilo que é de interesse do Estado brasileiro", destacou

Presidente Lula durante abertura do Encontro Nacional da Indústria (Enai) 2024
 -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
Presidente Lula durante abertura do Encontro Nacional da Indústria (Enai) 2024 - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (27/11) que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), eram seus “inimigos" quando ele tomou posse, mas que agora são “amigos”.

Também afirmou que seu papel como presidente da República é conviver com os presidentes da Câmara e do Senado eleitos pelos deputados, para aprovar projetos de interesse do país, e não interferir no processo de sucessão. “As coisas vão acontecendo porque você estabelece capacidade de conversação. Quando eu tomei posse, o Lira era meu inimigo. Hoje o Lira é meu amigo. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, era meu inimigo. Hoje ele é meu amigo”, disse o petista ao discursar durante a abertura do Encontro Nacional da Indústria (Enai), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).

O presidente também citou que não quer interferir na sucessão da presidência das duas Casas, e que irá manter relações com os eleitos. A eleição ocorre no ano que vem e os favoritos são o deputado Hugo Motta (União-PB), à Câmara, e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), ao Senado.

“Não cabe ao presidente da República escolher quem vai ser o presidente da Câmara ou do Senado. Cabe aos deputados. O papel do presidente é conviver, estabelecer conversas para aprovar aquilo que é de interesse do Estado brasileiro”, disse ainda Lula.

O chefe do Executivo defendeu, durante o evento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ter conseguido aprovar medidas importantes no Congresso, mesmo tendo apenas 70 deputados do seu partido. Ele citou a reforma tributária como exemplo.

Além disso, destacou resultados positivos na economia, como o crescimento do produto interno bruto (PIB) acima das expectativas do mercado, e criticou pessimistas.

“Os pessimistas de sempre começaram a dizer que o Brasil ia ter um crescimento no máximo de 1,5%, porque não havia credibilidade no Brasil, confiança na política fiscal. E, mais uma vez, estamos surpreendendo os pessimistas, porque o crescimento certamente será maior que 3%”, enfatizou Lula.

Também participaram do Enai o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o presidente do CNI, Ricardo Alban, e o presidente do Conselho do Sesi, Vagner Freitas.

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postado em 27/11/2024 12:28 / atualizado em 27/11/2024 12:34
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