Big techs

STF julga responsabilidade das redes sociais por publicações de usuários

Três dos seis julgamentos desta quarta-feira (27/11) têm relação com o Marco Civil da Internet e podem mudar a regulação no país

O foco dos ministros será a isenção dada pelo Marco Civil da Internet às redes sociais sobre o que é compartilhado por usuários -  (crédito: Imagem por Freepik)
O foco dos ministros será a isenção dada pelo Marco Civil da Internet às redes sociais sobre o que é compartilhado por usuários - (crédito: Imagem por Freepik)

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar nesta quarta-feira (27/11) casos que discutem a responsabilidade das big techs das redes sociais sobre o que é publicado por seus usuários nas plataformas. A pauta do plenário trará um conjunto de processos relacionados ao Marco Civil da Internet (MCI), responsável por regular as redes.

O foco dos ministros será a isenção de responsabilidade dada pelo MCI às plataformas digitais no que diz respeito ao que é compartilhado por usuários. Previsto no artigo 19 do Marco Civil, as redes só precisam derrubar algum conteúdo se houver uma determinação judicial.

Nesse aspecto, serão discutidos dois recursos extraordinários (RE). O primeiro é o RE 1037396, referente ao Tema 987 de repercussão geral, que trata sobre a necessidade de ordem judicial para retirada de determinado conteúdo considerando infringente do ar. O segundo é o RE 1057258, Tema 533, que discute a responsabilidade civil dos provedores de internet no que diz respeito às publicações dos usuários.

Serão julgados:

  1. Recurso do Facebook que questiona a constitucionalidade do artigo 19 do MCI;

  2. Recurso da Google que questiona a responsabilidade civil dos provedores de internet e das plataformas sobre danos de conteúdos de terceiros;

  3. Ação do Partido da República, com pedido de medida cautelar, contra dispositivos do MCI;

  4. Ação do Partido Cidadania que solicita a proibição de determinações judiciais que suspendem o funcionamento de plataformas;

  5. Ação do Partido Verde de 2020 que questiona o monitoramento das redes sociais por parte da Secretaria de Governo (Segov) e Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República para produção de relatórios;

  6. Ação do jornalista William de Lucca que questiona o ato do então presidente Jair Bolsonaro ao bloquear o acesso à sua conta no Twitter (atual X).

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*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

postado em 27/11/2024 10:22 / atualizado em 27/11/2024 10:25
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