De acordo com mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) um suposto documento, que poderia ser um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e relacionado ao plano de golpe de Estado, teria sido destruído por generais do Alto Comando do Exército. O conteúdo das conversas sugere uma reunião envolvendo Bolsonaro, o então vice-presidente Hamilton Mourão e líderes militares.
As mensagens, trocadas entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Sérgio Cavalieri, incluem prints de um interlocutor identificado como “Riva”, que durante as conversa, comparou a situação a uma tentativa de golpe no Peru. Em um trecho, “Riva” afirmou que os generais “rasgaram o documento que o 01 assinou”, utilizando o apelido “01” para se referir a Bolsonaro.
A PF avalia que a destruição do documento representa uma resistência dentro das Forças Armadas contra um plano de ruptura institucional. Segundo as investigações, o comandante do Exército à época, Freire Gomes, desempenhou papel fundamental na oposição ao decreto, ao lado de outros líderes militares. Essa resistência foi crucial para evitar o colapso do Estado Democrático de Direito.
Após o episódio, as conversas revelam críticas direcionadas ao Alto Comando por parte de militares alinhados ao suposto plano. Os relatos destacam um racha dentro das Forças Armadas, com confrontos entre aqueles que defendiam a preservação da ordem constitucional e os que apoiavam Bolsonaro.
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postado em 26/11/2024 19:51