RELATÓRIO

Alexandre de Moraes retira sigilo de inquérito sobre tentativa de golpe

Ministro do STF decide tornar públicas as investigações que apuram o esquema que visava a derrubada do governo Lula

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (26) retirar o sigilo do inquérito que investiga a tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -  (crédito: Rosinei Coutinho/STF)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (26) retirar o sigilo do inquérito que investiga a tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - (crédito: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (26/11) retirar o sigilo do inquérito que investiga a tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permitindo a divulgação dos detalhes do caso, que tem 37 indiciados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão possibilitará o acesso público a documentos e provas que envolvem os supostos envolvidos na trama golpista, que tinha o objetivo de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder. 

A Polícia Federal (PF), no início das investigações, identificou a existência de uma organização criminosa com cinco eixos principais de atuação. O primeiro eixo envolvia ataques virtuais a opositores, enquanto o segundo focava em ações contra instituições, como o STF e o TSE, além do sistema eletrônico de votação e a integridade do processo eleitoral. O terceiro ponto apontado pela PF envolvia uma tentativa de Golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, a organização realizava ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias adotadas durante a pandemia, e utilizava a estrutura do Estado para obtenção de vantagens ilícitas.

O uso de recursos públicos foi identificado em três frentes: o pagamento de despesas pessoais por meio de cartões corporativos, a inserção de dados falsificados nos sistemas do Ministério da Saúde para a criação de cartões de vacina falsos e o desvio de bens valiosos recebidos de autoridades estrangeiras pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, com o objetivo de ocultação e enriquecimento ilícito.

Os núcleos de atuação do grupo criminoso investigado tinham como objetivos principais desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar um golpe de Estado, e promover a abolição do Estado Democrático de Direito, sempre com a finalidade de garantir a manutenção de seu grupo no poder. A investigação revelou que esses núcleos estavam interligados, pois alguns dos envolvidos atuaram em múltiplas frentes, colaborando de forma simultânea e coordenada em diversas tarefas.

postado em 26/11/2024 14:09
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