Anistia

Discutir anistia é relativizar golpe de Estado, diz Sâmia Bomfim

Ao Correio, deputada diz que "não tem cabimento" discutir anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro depois do indiciamento de Bolsonaro pela PF

Para Sâmia Bomfim (foto), dizer que não houve crime em plano de assassinato de Lula é
Para Sâmia Bomfim (foto), dizer que não houve crime em plano de assassinato de Lula é "tirar sarro da sociedade" - (crédito: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Depois do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de estado, discutir a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro não tem cabimento. É o que diz a deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP). Para ela, os projetos sobre o assunto devem ser enterrados antes que causem mais danos à democracia.

“Depois da revelação de que muita gente, inclusive o Bolsonaro, está sendo indiciado, não tem o menor cabimento seguir discutindo esse projeto. Enquanto houver a possibilidade de discussão dele (do projeto), significa que não estão levando a sério o que significa a possibilidade de golpe de Estado, que é o que eles queriam fazer com um método horroroso, com assassinato”, disse ao Correio.

Na terça-feira (19), o Psol protocolou um pedido de arquivamento do PL 2.858 de 2022, que trata do assunto. No dia seguinte, o PT, partido do presidente Lula, fez o mesmo.

Para Sâmia, enquanto não houver pressão da sociedade para arquivar a anistia, haverá novos ataques à democracia e eles serão relativizados. Criticou, ainda, as falas do clã Bolsonaro, que argumentam que não houve crime porque o plano de assassinato de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes não foi executado.

“Seguem banalizando, tirando um sarro da sociedade, da política de modo geral. Ao mesmo tempo que há tudo isso de grave acontecendo, pode ser anistiado”, pontuou.

postado em 21/11/2024 18:10
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