O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a validade do acordo de delação firmado com o tenente-coronel Mauro Cid. O militar chegou à Corte no começo da tarde desta quinta-feira (21/11) para prestar depoimento e saiu três horas depois.
Cid ficou frente a frente com Moraes, relator do inquérito que apura os ataques de 8 de janeiro. Durante a audiência desta quinta, o ministro tratou de contradições e informações que não foram dadas por Cid nos depoimentos que prestou a Polícia Federal.
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro é um dos personagens centrais para entender uma tentativa de golpe de Estado, os atos de 8 de janeiro e a organização criminosa montada para atacar as instituições.
Moraes considerou satisfatória a explicação dada sobre as contradições apresentadas pela PF. "Após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes", informou o Supremo, em nota.
Ao recuperar arquivos que foram apagados do celular de Mauro Cid, a Polícia Federal encontrou informações que não foram ditas por ele e revelam um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro do Supremo que relata as investigações.
O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou que considerou a audiência positiva, que não houve novo depoimento, mas apenas esclarecimentos e que o cliente poderá ir para casa.
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