O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, comentou nesta quinta-feira (21/11) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em inquérito sobre tentativa de golpe de Estado
"A gente vê com absoluta perplexidade e indignação as informações que foram reveladas pelo inquérito, onde a gente encontra o próprio ex-presidente da República no topo da cadeia de comando da organização criminosa", disse Pimenta, em vídeo publicado nas redes sociais.
"Generais, coronéis, servidores públicos do governo federal que faziam parte do núcleo da campanha e do governo Bolsonaro, tramando contra a democracia, com uma audácia quase inacreditável, sem qualquer tipo de limite. Ao ponto de tramar contra a vida do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin do presidente do TSE Alexandre de Moraes."
O ministro finalizou o vídeo afirmando que espera que o inquérito seja levado a julgamento em 2025. "E com certeza ainda no ano de 2025 elas serão levadas a julgamento. E aquelas que forem condenadas [...] que paguem pelos crimes contra a democracia, contra a Constituição e contra o povo brasileiro que elas cometeram", afirmou.
Indiciamento
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por participação em uma tentativa de golpe de Estado e por integrar uma organização criminosa, que pretendia derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022, do poder. As informações foram obtidas pelo Correio junto a fontes na corporação. O relatório final do inquérito que investiga os atentados de 8 de janeiro e articulação de um plano golpista deve ser entregue ainda nesta quinta-feira (21/11) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os indiciados, também estão o general Walter Braga Netto, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e Augusto Heleno, de acordo com autoridades ligadas ao caso. Além de Ailton Gonçalves, Anderson Torres, Carlos Cezar Rocha, Estevam Theofilo, Mauro Cezar Cid, Técio Arnald, Valdemar Costa Neto e Paulo Renato Figueiredo Filho. O relatório detalha como atuou uma organização criminosa para tentar impedir que o resultado das eleições fosse oficializado.