Parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) veem “perseguição” na decisão da Polícia Federal (PF) de indiciá-lo por participar de um plano de golpe de estado. A corporação concluiu nesta quinta-feira (21/11) o inquérito que investiga uma tentativa de golpe no fim de 2022. Além de Bolsonaro, 36 foram indiciados.
Para os parlamentares ouvidos pelo Correio, há uma tentativa do Judiciário de acelerar os inquéritos contra o ex-presidente depois da vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos.
Duvidam, no entanto, que Bolsonaro seja preso. Para eles, um eventual pedido de prisão poderia fortalecer o ex-presidente politicamente. “Sabem que se ele for preso, vai eleger até poste”, disse um deputado que não quis se identificar.
Outro disse que o fato de o presidente já ter sido indiciado em outros inquéritos mostra que este pode ser só mais um, sem consequências drásticas.
Dentre os indiciados nesta quinta pela PF, estão ainda ex-ministros do governo Bolsonaro, como Braga Netto (Defesa) — que concorreu como vice em 2022 —, Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).