A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) realizou uma sessão especial, em 29 de outubro de 2019, para a entrega da Medalha do Mérito Legislativo a Pedro Ludovico Teixeira e outros 18 militares. O general do Exército Mário Fernandes foi um dos homenageados. Ele foi um dos cinco presos na terça-feira (19/11) na Operação Contragolpe e é investigado por elaborar e imprimir o plano "Punhal Verde Amarelo" no Palácio do Planalto.
Bruno Peixoto (UB), deputado estadual e atual presidente da Alego, fez a proposta de entrega do título de cidadania para Fernandes, quando o suspeito estava à frente do Comando de Operações Especiais, em Goiânia. O projeto de lei dizia que o homenageado "se enquadra dentro dos princípios éticos, morais e de merecimento". Fernandes já foi homenageado em duas sessões nos últimos cinco anos.
Quando imprimiu o plano no Palácio do Planalto, Fernandes era secretário-executivo da Presidência. A PF informou que ele era responsável por organizar a operação para monitorar Moraes.
Em uma reunião que antecedeu as eleições de 2022, que contava com a presença de Jair Bolsonaro e outros integrantes do primeiro escalão do governo, o suspeito questionou se seria necessário um novo golpe, como o de 1964. Segundo a PF, foi identificada a presença dele nas manifestações antidemocráticas após a derrota de Bolsonaro.
Mário Fernandes é doutor em ciência e arte da guerra na Escola de Comando e Estado-Maior. Nasceu em Brasília e integrou o Exército Brasileiro em 26 de fevereiro de 1983. Fernandes também foi assessor do deputado Eduardo Pazuello (PL), ex-ministro de Bolsonaro.
*Estagiário sob a supervisão de Luciana Corrêa
Saiba Mais