Atos antidemocráticos

Moraes convoca nova audiência para ouvir Mauro Cid sobre plano de assassinato

O novo depoimento será prestado nesta quinta-feira (21/11), às 14h, na sala de audiências do STF. Convocação foi feita após a PF identificar omissões e contradições na oitiva prestada por Cid ontem (19)

No depoimento de terça-feira (19/11), militar negou conhecimento do plano de matar Lula, mas, entrou em contradição e não explicou por que apagou dados de seu computador -  (crédito: Luis Nova/Fotoarena/Estadão Conteúdo)
No depoimento de terça-feira (19/11), militar negou conhecimento do plano de matar Lula, mas, entrou em contradição e não explicou por que apagou dados de seu computador - (crédito: Luis Nova/Fotoarena/Estadão Conteúdo)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, marcou para esta quinta-feira (21/11) uma nova audiência para ouvir o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. Ele é acusado de envolvimento em um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. O depoimento será prestado às 14h, na sala de audiências do STF.

A convocação foi feita após a Polícia Federal (PF) identificar omissões e contradições no depoimento prestado por Cid ontem (19) na sede da corporação. Na ocasião, o militar negou conhecimento e participação no plano, mas, durante a oitiva de cerca de três horas, entrou em contradição e não conseguiu explicar de forma convincente por que apagou dados de seu computador. De acordo com as investigações, os arquivos apagados continham mensagens relacionadas aos supostos assassinatos. Esses dados foram recuperados pela PF com o uso de um software israelense.

O plano

As investigações apontam que os suspeitos iniciaram o monitoramento de autoridades em novembro de 2022, após um encontro na residência do ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto. Durante a reunião, o grupo teria discutido estratégias que incluíam envenenar o ministro Alexandre de Moraes e “neutralizar” o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin. Os suspeitos teriam, inclusive, cogitado o sacrifício da própria vida para cumprir a missão.

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postado em 20/11/2024 15:29 / atualizado em 20/11/2024 15:30
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