A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, votou, neste sábado (16/11), pela manutenção da prisão do ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho. Com a nova manifestação, o placar na Corte fica em cinco votos contra um para que o ex-jogador continue preso.
Além de Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Edson Fachin também votaram pela manutenção da prisão. Apenas o decano da Corte, o ministro Gilmar Mendes, votou contra. Os ministros têm até o dia 26 de novembro para registrar os votos no plenário virtual.
Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, em um período onde ele jogava pelo Milan. O caso ocorreu em uma casa noturna italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.
Na Itália, Robinho tentou recorrer da decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última foi em 2022. Nesta época, ele já havia retornado ao Brasil. Por conta disso, o Ministério da Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, para que o governo federal enviasse o jogador de volta ao país europeu.
No entanto, o Brasil não extradita brasileiras. Com isso, a Justiça da Itália solicitou que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil, o que foi acatado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Robinho foi preso em março deste ano e cumpre a pena desde então. O ex-jogador está na Penitenciária II de Tremembé.
O julgamento no plenário virtual do STF ocorre após dois pedidos da defesa de Robinho para a obtenção de habeas corpus.