Esplanada

Lula não quer volta de grades ao Palácio do Planalto após atentado

Segundo interlocutores, o presidente não quer recolocar grades ao redor do Planalto após o atentado da noite de ontem (13/11). Segurança também não vê necessidade de mudar protocolos no palácio

Grades metálicas ficaram em frente ao Planalto por 10 anos, entre 2013 e 2023. Lula mandou removê-las em maio de 2023, meses após os ataques de 8/1 -  (crédito:  Fotográfo/Agência Brasil)
Grades metálicas ficaram em frente ao Planalto por 10 anos, entre 2013 e 2023. Lula mandou removê-las em maio de 2023, meses após os ataques de 8/1 - (crédito: Fotográfo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer colocar novas grades ao redor do Palácio do Planalto após os atentados de quarta-feira (13/11) à noite, na Praça dos Três Poderes. A ideia é defendida pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para aumentar a segurança na região.

Ontem, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, explodiu artefatos no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados e na própria praça, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele tentou atirar explosivos em direção à sede do Supremo, mas acabou morto em uma explosão.

Segundo auxiliares de Lula, o presidente está “tranquilo” e não vê necessidade de alterar os protocolos de segurança no Planalto. Além disso, o petista acredita que a sede do Executivo não pode ter uma grade a separando da população.

A equipe de segurança no Planalto, comandada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), também não vê necessidade de mudanças no palácio. O ataque não teve o Planalto como alvo, e uma varredura feita na noite de ontem também não encontrou ameaças.

As grades foram colocadas ao redor das sedes dos Três Poderes em 2013, ainda no governo de Dilma Rousseff, quando houve uma série de protestos na Esplanada. No Planalto, elas foram mantidas por 10 anos, até maio de 2023, quando Lula decidiu remover a estrutura.

Operação Escudo

O prédio está com a segurança temporariamente reforçada com mais agentes do GSI e soldados da tropa de choque do Exército. Além disso, carros foram revistados nas imediações da Esplanada, incluindo os porta-malas e a parte inferior do chassi, em busca de possíveis explosivos.

O procedimento é conhecido como Operação Escudo, e ocorre quando há um aumento no nível de risco. Segundo interlocutores da segurança, há uma companhia de militares dividida entre Planalto, Palácio da Alvorada e Granja do Torto. O reforço deve permanecer, ao menos, até o começo da semana que vem.

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postado em 14/11/2024 15:30 / atualizado em 14/11/2024 15:31
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