PLANALTO

Lula recebe Múcio e comandantes após reunião sobre corte de gastos

O presidente assinou a promoção de oficiais generais das três Forças e, oficialmente, não tratou sobre o corte de gastos na Defesa. Múcio e comandantes estiveram com Haddad mais cedo

O presidente Lula assinou a promoção de oficiais generais das três Forças Armadas. Solenidade ocorre todos os anos. -  (crédito:  AFP)
O presidente Lula assinou a promoção de oficiais generais das três Forças Armadas. Solenidade ocorre todos os anos. - (crédito: AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quarta-feira (13/11) com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das três Forças Armadas em meio à pressão para incluir benefícios dos militares no pacote de cortes de gastos.

Segundo fontes da Defesa e e do Planalto ouvidas pelo Correio, o encontro não tratou do tema. Oficialmente, foi uma solenidade para assinar a promoção dos oficiais generais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que ocorre todos os anos. 

A cerimônia é considerada uma das mais importantes pela cúpula militar, por tratar da promoção de oficiais de carreira. Lula assina os documentos e posa para fotos. Estão presentes os comandantes do Exército, general Tomás Paiva; da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen; e da  Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.

Os três trataram sobre o corte de gastos mais cedo, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado de Múcio. O governo federal quer incluir as Forças Armadas nos cortes, com redução de benefícios para parentes de militares e mudanças na previdência da carreira.

Previdência militar é deficitária

Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) publicado em junho, o deficit na previdência militar é 16 vezes maior do que o deficit do INSS. Um militar causa em média, ao ano, rombo de R$ 159 mil, enquanto um aposentado ou pensionista, de R$ 9,4 mil.

Estender a tesoura para a ala militar foi uma forma encontrada pelo governo para mitigar o impacto dos cortes em políticas sociais e, consequentemente, na popularidade de Lula. Porém, o petista quer negociar com os militares para evitar um mal-estar. Ele iniciou seu mandato em tensão com a caserna, especialmente após os ataques de 8 de janeiro e evidências de participação de oficiais em uma tentativa de golpe de Estado.

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postado em 13/11/2024 17:12 / atualizado em 13/11/2024 17:22
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