Por Israel Medeiros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Lula (PT) pediu a inclusão de um ministério no "esforço" de corte de gastos, mas disse não saber se haverá tempo hábil para incorporar o pedido do petista. A declaração se deu depois de reunião com o presidente.
"O presidente pediu um esforço para incluir um ministério nesse esforço em uma negociação que deve ser concluída até a quarta-feira", afirmou a jornalistas. Embora acredite que faltará tempo para incluir a pasta em questão, Haddad disse que acredita que haverá "boa vontade" do ministério para atender ao pedido de Lula.
Haddad também revelou que se reuniu no domingo (10) no Alvorada com ministros de pastas que serão afetadas pelos cortes e "esgotou" as conversas com eles. As medidas para esses ministérios já começaram a ser encaminhadas para a Casa Civil para formalização, segundo o ministro.
Fernando Haddad disse ainda que vai voltar a se reunir com Lula na tarde de terça-feira (12). O objetivo é conversar sobre o encaminhamento de algumas das medidas ao Congresso.
Resposta ao PT
O ministro foi questionado por jornalistas sobre a reação de integrantes do PT e do próprio partido — que assinou um manifesto contra os cortes — ao pacote. Disse que é natural que haja debate, mas que o movimento é para controlar a inflação e manter a atividade econômica.
"Nós estamos muito seguros do que estamos fazendo. É para o bem dos trabalhadores. Controlar a inflação é parte do nosso trabalho. Manter a atividade econômica é parte do nosso trabalho. É o equilíbrio entre variáveis importantes para todos os brasileiros. (É para) manter a estabilidade da economia brasileira", afirmou.