Com 18 deputados na bancada e membro do maior bloco da Câmara dos Deputados, o PDT se uniu a outros nove partidos e seguiu a indicação de Arthur Lira (PP-AL), apoiando Hugo Motta como o candidato do partido para presidir a Casa a partir de 2025. O anúncio oficial foi feito nesta terça-feira (5/11), em frente ao gabinete do PDT na Câmara.
O líder da bancada, Afonso Motta, revelou que Elmar Nascimento (União Brasil-BA), adversário de Motta, era a preferência do partido em um primeiro momento, mas uma notícia mudou essa realidade. “Com a desistência do Elmar Nascimento, manifestada a nós com reconhecimento, nós hoje reunimos a bancada, que já tinha um sentimento de acompanhar a indicação de Arthur Lira, e decidimos por unanimidade o apoio ao deputado Hugo Motta”, acrescentou.
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A desistência da candidatura de Elmar, no entanto, não foi confirmada pela assessoria do parlamentar. Antonio Brito (PSD-BA), que também está na disputa pelo cargo ocupado por Lira nos últimos quatro anos, informou nesta tarde que mantém a candidatura, cessando os boatos de que ele também desistiria frente ao favoritismo de Motta. O PSD, sem oficializar uma posição, já prometeu a Brito a liderança do partido para 2025, segundo o próprio deputado.
O Ministro da Previdência Social do Brasil e presidente do partido, Carlos Lupi, discursou sobre a escolha por Motta. “Nós julgamos que o trabalho do presidente Lira tem sido muito eficaz. Trabalho que ele criou e fomentou de autodeterminação da Câmara, sempre buscando a conciliação e o diálogo. Tínhamos o indicativo inicial para o Elmar, mas esse assunto evoluiu”, complementando as informações de Afonso Motta.
Segundo Lupi, “Hugo é um articulador nato, quase uma unanimidade da Câmara". "É impressionante como ele consegue entrar em todas as salas, e não precisar abrir a porta, elas já ficam abertas para ele”. O PDT já se posicionou quanto às candidaturas para as eleições de fevereiro de 2025 pnra as duas Casas. No Senado, o candidato do partido é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anúncio feito em setembro, ainda antes das sinalizações do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e da palavra do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que indicou o senador para a sucessão.