Investigação

Moraes manda PF entregar laudos e relatórios sobre investigação de Marielle

Decisão atinge os suspeitos de serem mandantes dos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Executores do crime foram condenados na semana passada 

A suspensão do X  teve como pano de fundo um atrito que vinha se agravando entre o dono do Twitter, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal.  -  (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)
A suspensão do X teve como pano de fundo um atrito que vinha se agravando entre o dono do Twitter, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal. - (crédito: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (4/11), que a Polícia Federal entregue, em até cinco dias, relatórios e laudos periciais dos materiais apreendidos em operações contra os acusados de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 31 de outubro, a Justiça do Rio de Janeiro condenou os executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, a 78 anos e 9 meses e 59 anos e 8 meses de prisão, respectivamente, em regime fechado, por duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e receptação. 

A ordem de Moraes atinge os suspeitos de serem os idealizadores dos assassinatos: o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão. Segundo a delação de Lessa e Queiroz, a execução teria sido motivada para proteger interesses econômicos de milícias. 

A decisão do ministro do STF também atinge o delegado Rivaldo Barbosa, o então chefe da Polícia Civil do RJ na época dos assassinatos, que é acusado de ter atrapalhado as investigações; e Ronald Paulo de Alves Pereira, que teria monitorado a rotina da vereadora antes do crime.

Outro envolvido é Robson Calixto Fonseca, o Peixe, denunciado por organização criminosa. Ex-assessor de Domingos Brazão no TCE, ele é suspeito de ter fornecido a arma usada no crime. O crime segue sob a jurisdição do STF devido ao envolvimento de figuras públicas com foro privilegiado. Todos negam a participação nas mortes.

postado em 04/11/2024 19:45
x