Condenação

'Um grito que estava guardado', diz Anielle sobre condenação de Lessa e Queiroz

Irmã da vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em 2018, disse que o resultado do júri não vai parar a luta da família

Irmã da vereadora Marielle Franco, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse a jornalistas, nesta quinta-feira (31/10), que a condenação dos assassinos da irmã "era um grito que estava guardado".

Com o fim do julgamento no Tribunal do Júri, Ronnie Lessa foi condenado à pena de 78 anos, 9 meses e 30 dias. Élcio Queiroz, por sua vez, foi condenado à 59 anos, 8 meses e 10 dias. O julgamento dos homens, que confessaram ter cometido os assassinatos, durou dois dias. 

Anielle disse que o resultado do júri não vai parar a luta da família. "A gente não vai parar aqui [...] Enquanto tiver sangue correndo nas nossas veias, a gente vai defender a memória de Marielle Franco. As pessoas precisam parar de normalizar corpos tombados nesse país", declarou.

Para a irmã de Marielle, a condenação de Lessa e Élcio é uma resposta para o Brasil e "para o mundo inteiro [..] Era um grito que estava guardado".

A ministra também afirmou que a angústia das famílias foi grande. "Foram muitos anos vendo a dor que não tem nome. Maior legado da Marielle para esse país é que mulheres, negros, favelados, quando chegam em cargos de poder, merecem permanecer", ressaltou.

Além da prisão, ficou definido que Lessa e Queiroz devem pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 706 mil para os familiares das vítimas. São elas: Arthur e Ágatha (filho e esposa de Anderson); e Luiara, Mônica e Marinete (filha, viúva e mãe de Marielle, respectivamente).

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