Fortaleza (CE) — O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a proibição dos celulares, em tempo integral, nas escolas brasileiras. Ele lembrou que outros países já fizeram a regulamentação dos aparelhos. A fala ocorreu nesta quarta-feira (30/10) durante coletiva de imprensa da reunião de ministros da Educação do G20, na capital cearense.
“O Brasil tem algumas leis municipais e estaduais implementadas. A ideia é que a gente possa regulamentar, do ponto de vista nacional, uma lei única. O MEC tem ouvido o conselho estaduais e municipais da educação, ouvido experiências importantes em outros países e conversado com especialistas”, iniciou o ministro.
“Nós estamos com a ideia de aproveitar já o projeto de lei (PL) que está sendo discutido na Câmara, na Comissão de Educação (e foi aprovado nesta manhã), para regular e proibir o uso do aparelho celular individual dentro da sala de aula. E que esses equipamentos só possam [ser utilizados], claro, com algumas exceções, como problemas de saúde, ou para fins pedagógicos”, acrescentou Santana.
O PL 104/2015, de autoria do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), que trata do tema, foi aprovado na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, para os plenários do Congresso Nacional.
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O projeto prevê a proibição dos aparelhos telefônicos durante todo o tempo em que os estudantes estão dentro das escolas. O ministro da Educação defende a premissa.
“Quando eu estudava, e não tinha celulares, a gente ficava jogando bola, lendo um livro na biblioteca, conversando com os amigos.... [O celular] tirou a socialização das pessoas. Isso a gente vê até nos restaurantes, quando vê está a família, o pai e a mãe, cada um de celular. Isso precisa ter um limite, né? É importante a tecnologia, é importante os equipamentos, mas precisa ter um limite e acho que a escola é um espaço importante para a cidadania digital e para que a gente possa garantir que a criança possa aprender bem, ter qualidade no aprendizado, e só usar equipamento celular ou equipamento tecnológico para fins pedagógicos.”
*A jornalista viajou a convite do MEC e da OEI
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