“O debate proposto pelo STF é mais do que adequado, para resgatar os princípios da Constituição, de rastreabilidade e transparência, e, em segundo lugar, para buscar colocar o rio diretamente no seu curso”, afirmou o senador.
Ele enfatizou que, enquanto o presidencialismo brasileiro é de coalizão, a responsabilidade de execução orçamentária recai, prioritariamente, sobre o Executivo. “A separação dos Poderes diz que o Orçamento é de responsabilidade primeira de execução do Executivo”, completou.
Randolfe relembrou ainda o papel histórico do Congresso na elaboração orçamentária desde a redemocratização, afirmando que o Legislativo ampliou suas atribuições após o fim da ditadura militar, refletindo num movimento necessário para fortalecer a democracia.
Ele reconheceu que, nesse período, houve uma expansão das prerrogativas do Parlamento, um fator que contribuiu para o modelo de presidencialismo de coalizão adotado no Brasil.
Contudo, o senador destacou que a evolução da participação parlamentar deve sempre se alinhar aos princípios constitucionais, como os previstos no artigo 163-A, que estabelece critérios de transparência e de rastreabilidade dos dados fiscais e orçamentários da União.
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Para Randolfe, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva herdou um cenário de expansão excessiva do papel do Parlamento no Orçamento, o que agora exige uma “restauração dos termos do presidencialismo de coalizão”.
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