Atrás nas pesquisas, o candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, que enfrenta o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), no segundo turno das eleições municipais, disse manter seu posicionamento otimista sobre o resultado das urnas.
“Eu quero dizer que acredito muito na virada no dia de hoje. O que está em jogo é se São Paulo vai dar uma chance para a mudança. Meu adversário teve a chance dele em três anos e meio e não o fez”, comentou, mais cedo, na Zona Sul, onde votou.
“Andei em todas as regiões da cidade, fiz a caravana da virada. Dormi na Brasilândia, em Grajaú, em São Mateus. Debati com o povo olho no olho. Ontem, encerramos a campanha em Heliópolis, é um sentimento que vem das ruas é um sentimento de virada, uma vontade de mudança”, contou aos jornalistas no colégio eleitoral. O candidato de esquerda acredita na vitória, apesar das pesquisas indicarem que seu adversário está em vantagem nas intenções de votos dos eleitores: “Eleição se define nas últimas horas. Ninguém ganha eleições de véspera”.
“Eu sei que estou enfrentando candidatos com muita estrutura, que tem muita coisa por trás e, por isso, querem barrar a mudança. Mas eu confio no povo de São Paulo e sei que as pessoas não vão votar com medo. Não vão votar com ódio nem com base em mentiras. As pessoas vão às urnas pra votar com alegria, pela mudança que a cidade precisa”, declarou.
Durante a campanha, Boulos foi alvo de ataques de seus adversários, sendo chamado de invasor de terra e de usar drogas. O ápice foi a divulgação, por parte da campanha de Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado no primeiro turno, de um falso laudo médico em nome de Boulos, alegando que ele teria tido um surto psicótico após uso de substâncias ilegais. “Sei que ao longo dessa campanha me atacaram muito. As pessoas ouviram muitas mentiras ao meu respeito porque queriam criar medo nas pessoas que viriam votar”, desabafou.
Marçal organizou uma live, transmitida em suas redes sociais, para sabatinar Guilherme Boulos (PSol) e o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), sobre as propostas dos candidatos para a capital paulista. Apenas o pessolista aceitou. O encontro aconteceu na sexta-feira (25) e, por quase 1 hora, os dois conversaram de forma tranquila, sem desavenças ou ataques.
Boulos estava ao lado da família e da vice, Marta Suplicy (PT). Os ministros Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Marina Silva (Meio Ambiente) também acompanharam a votação.
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