Cuba passa por uma "emergência energética" nos últimos dias. Com a passagem do furação Oscar na segunda-feira (18/10), seis pessoas morreram e mais de um terço dos 10 milhões de habitantes do país ficaram sem o fornecimento e energia. O apagão teve início ainda na sexta-feira (18/10) e chegou a deixar todo o país em completa escuridão, desencadeando uma das piores crises enfrentadas pelo país na atualidade.
Diante da crise vivenciada pela ilha, o governo brasileiro se pronunciou. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que vê a situação com "preocupação" e que "manifesta plena solidariedade ao governo e ao povo cubanos". A pasta também destacou que a situação dos vizinhos latino americanos "é agravada pelo embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, que há seis décadas penaliza diretamente" a população local.
O texto também aponta como "pesadas e injustificadas" as sanções impostas pelos Estados Unidos, ao manter o país na lista unilateral de “Estados patrocinadores do terrorismo”, que inclui Síria, Irã e Coreia do Norte. "O
Brasil manifesta condolências ao povo e ao governo cubanos, em particular às famílias das vítimas", encerrou o comunicado emitido pelo Itamaraty.
O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, confirmou as mortes causadas pelo furacão por meio de uma postagem nas redes sociais, e afirmou que as Forças Armadas continuam trabalhando no resgate de pessoas em áreas afetadas, como os municípios de San Antonio del Sur e Imías, e que ainda havia locais inacessíveis. O governo garantiu que, além dos resgastes, têm trabalhado para restabelecer o fornecimento de energia.
"A última coisa que queremos é ter um colapso no nossos sistema por conta da queda de energia elétrica", declarou o ministro de Minas e Energia cubano, Vicente de la O Levy. Oficiais militares do país afirmam que mais de 90% da capital, Havana, já tinha o fornecimento de energia restabelecido na segunda (21), mas há ainda muitas áreas sem luz. O governo não teve outra escolha que não fosse paralisar a economia por três
dias, nas palavras do Primeiro Ministro, Manuel Marrero.
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