Integrantes da bancada do Partido dos Trabalhadores se reuniram no gabinete da sigla no Congresso Nacional, nesta terça-feira (15/10), para discurtir a sucessão da Câmara dos Deputados. O encontro simboliza a primeira formalidade na direção de um consenso sobre o nome que ocupará o posto do Arthur Lira (PP-AL) a partir de fevereiro de 2025.
“Estamos em um processo de consultas, iniciamos hoje esse debate aqui na Casa. E temos tempo, o tempo está a nosso favor”, anunciou o líder do PT na Câmara, o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), à imprensa logo após o encontro.
“Na tese de permanência, temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Motta (Republicanos-PB)”, afirmou. Apesar da declaração, Odair enfatiza que o debate vai continuar até que a legenda define oficialmente o apoio em um candidato. A indicação de apoio a Motta, segundo ele, representa a voz da maioria da bancada, que busca um representante capaz de realizar a convergência de poderes entre forças políticas na Casa.
“Não queremos acirrar um processo de disputa na casa. A presidência da casa não é pra ser da oposição ou da situação. A presidência tem que se portar como um árbitro onde quem tem maioria consegue aprovar aquilo que deseja. Então, não vamos tratar a presidência da Casa como uma questão do governo ou da oposição. Queremos um presidente que dialogue institucionalmente”, detalhou o líder petista.
De acordo com os critérios da ala petista, Hugo Motta preenche os requisitos por dialogar com os partidos, e oferecer maior estabilidade institucional. "A compreensão majoritária da nossa bancada é que uma disputa acirrada na casa não é bom nem para os interesses do PT, nem para o governo”. A prioridade manifestada entre os membros ouvidos na reunião é construir um espaço institucional, de equilíbrio, e respeito civilizatório”, afirma Odair.
Questionado se as promessas por cargos ao PT vindas dos três principais candidatos até o momento — Elmar Nascimento (União-BA), Hugo Motta e Antônio Britto (PSD-BA) — pode influenciar na decisão do apoio petista, Odair respondeu: “Temos que checar se quem está oferendo tem cargos para entregar”. O período de conversas, reuniões e análises deve se estender até o fim de outubro. Isso porque o resultado do 2° turno das eleições pode impactar na decisão coletiva do partido.
A próxima reunião bancada do PT está marcada para o dia 29 de outubro.