A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, na noite deste domingo (6/10), que a abstenção nas eleições deste ano ficou em 21,71%, número que ela considera elevado. De acordo com a magistrada, a corte eleitoral vai avaliar os fatores que levaram a essa porcentagem.
"Tivemos 21,71% de abstenção, que continua sendo alto. Tivemos um comparecimento de 78,29% de eleitores. Neste domingo, tivemos justificativa com georeferenciamento por meio do e-titulo por parte de 2 milhões de eleitores. Houve um aumento de 29% nas justificativas, comparando com 2022", destacou.
A magistrada foi questionada se a violência nas eleições, inclusive entre candidatos, pode ter afastado o eleitor da urna. Porém, na visão dela, esse não foi um fator preponderante. "As causas de violência são muito distintas. Toda a violência contrária ao direito precisa ser devidamente combatida. O normal é que a pessoa saiba que vai votar para exercer um direito. A violência não me parece ser fator preponderante neste caso", disse.
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A presidente da corte eleitoral ressaltou que era esperado um grande uso de inteligência artificial para manipular informações na campanha, mas que isso não ocorreu.
Ela defendeu que o uso de inteligência artificial e a atuação das plataformas seja regulada. Mas afirmou que as resoluções definidas pelo TSE atuaram para coibir abusos. A ministra destacou que o número de urnas trocadas ficou dentro da normalidade e que o sistema eletrônico de votação funcionou como era esperado e que apenas 0,6% das urnas precisaram ser trocadas. "Tivemos o teste de integridade das urnas, que é mais um instrumento, não o único, da segurança das urnas", ressaltou.
"Eu mesma, na manhã de hoje, acompanhei a abertura dos trabalhos em Belo Horizonte. Agora à tarde fiquei sabendo de um problema no Maranhão, não com o teste de integridade, mas com a filmagem", completou Cármen.
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