Segundo dados divulgados pela Polícia Federal neste domingo, o estado do Rio de Janeiro concentra o maior número de ilícitos eleitorais. O Rio de Janeiro já registrou 23 delitos, o Maranhão e o Ceará, 13, o Pará, 12, e Minas Gerais, 11. Ao todo, foram contabilizados 168 crimes eleitorais, nos quais 34 foram inquéritos policiais instaurados, 70 termos circunstanciados e 64 situações em flagrante, totalizando 168 ocorrências. Os crimes mais comuns são propagandas irregulares e corrupção eleitoral.
Segundo o balanço divulgado pela PF, cinco pessoas foram presas. Duas em Roraima, por compra de votos, ambos vereadores; e duas em Santana, no Amapá, flagrados com R$ 600 mil em espécie, além de material de campanha de um candidato a vereador do município e uma lista com nomes de eleitores.
Quase R$ 200 mil em espécie foram confiscados pela PF. As apreensões de bens ultrapassam os R$ 300 mil.
Desde o início do ano, segundo a PF, já foram apreendidos R$ 48,8 milhões, sendo R$ 21,3 milhões em espécie. Os crimes ocorridos nas primeiras horas de votação incluem calúnia, ameaça, injúria e difamação, e tentativa de homicídio. Além das prisões, 64 pessoas já foram detidas.
Operação em terra indígena
Localizada em Pedra Branca do Amapari, no Amapá, a seção eleitoral da aldeia indígena Waiãpi recebeu oficiais da Polícia Federal em uma operação para fiscalizar o território e impedir que os povos da comunidade sofram interferência durante as votações.
A PF informou que o objetivo é "assegurar um processo eleitoral justo e democrático, reforçando o compromisso com a transparência e integridade do pleito". Segundo a nota da corporação, "a medida é fundamental para garantir a participação efetiva das comunidades indígenas nas decisões políticas que afetam diretamente seus interesses”.