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Perícia policial confirma que laudo divulgado por Marçal é falso

A perícia expôs diferenças entre a assinatura verdadeira do médico citado no laudo e a que consta no documento exposto por Marçal

Uma análise da Polícia Técnico-Científica de São Paulo demonstrou que o atestado médico usado por Pablo Marçal (PRTB) para acusar Guilherme Boulos (Psol) de ter usado cocaína é falso. As autoridades policiais comunicaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a falsidade do atestado.

A perícia afirma que é falsa a assinatura do médico 'José Roberto de Souza' no receituário objeto de exame, "posto que tal assinatura não apresenta as mesmas características gráficas dos exemplares observados nos documentos descritos no capítulo 'Padrões de Confronto".

Os peritos, que trabalharam desde a madrugada deste sábado (5/10), responderam a três perguntas feitas pelo delegado Emiliano da Silva Chaves Neto, do 89º Distrito Policial. São elas: quais as características dos documentos submetidos a exame? As assinaturas dos documentos podem ser confrontadas? Se sim, trata-se da assinatura feita pela mesma pessoa?

Os profissionais expuseram diferenças entre a assinatura verdadeira do médico e a que consta no documento exposto por Marçal. “Quanto à qualidade de traçado, a principal divergência reside na velocidade de execução da assinatura questionada, cujo desenvolvimento é mais lento que o modelo oferecido”, afirmam. 

Além disso, há divergências no grau de habilidade gráfica, na inclinação da escrita, nos ângulos e curvas.

A filha do médico cuja assinatura consta no documento afirmou que o pai nunca trabalhou em São Paulo e nem na clínica "Mais Consultas" que consta no laudo. O profissional morreu em 2022.

Guilherme Boulos registrou um boletim de ocorrência sobre o laudo falsificado. Paralelamente, a Polícia Federal investigará o caso.

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