SÃO PAULO

Por que Marina Helena, do Novo, não participou do debate na Globo?

Convite à candidata é facultativo, já que o partido dela não tinha o número mínimo de congressistas exigidos pela legislação

Às vésperas das eleições municipais, que ocorrem no próximo domingo (6/10), o debate promovido pela TV Globo vai encerrar o ciclo de discussões entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. O evento televisionado pela emissora conta com os cinco primeiros colocados na disputa: Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB). No entanto, uma concorrente ao executivo municipal que esteve nos últimos debates, Marina Helena (Novo), não está presente.

Nas redes sociais, a candidata do Partido Novo criticou a decisão da Rede Globo, que chamou de "censura". Mas, afinal, por que Marina Helena, que esteve no último debate, promovido pela TV Record, não foi chamada? 

A regra para a exibição de debates na televisão e no rádio, dada pela Lei nº 9504/97, determina que é obrigatório o convite aos candidatos que tiverem representação de, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional. 

No caso do Novo, cinco congressistas representam o partido no legislativo. No entanto, de acordo com decisão da Justiça, o deputado Ricardo Salles (Novo-SP) teria se filiado à legenda após o prazo limite para as eleições de 2024. Com isso, a decisão de convidar a candidata Marina Helena se tornou facultativa.

O PRTB, do candidato Pablo Marçal, não conta com nenhum representante eleito. No entanto, devido à colocação nas pesquisas eleitorais, Marçal foi convidado nos últimos debates. 

Esse é o último debate antes da votação do primeiro turno das eleições. A Globo convidou cinco candidatos para o debate. São eles: Guilherme Boulos (PSol), Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). O evento foi dividido em quatro blocos, sendo dois com temas livres e dois com temas sorteados.  

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostrou um empate triplo na liderança para a Prefeitura de SP. Guilherme Boulos tem 26%, enquanto Ricardo Nunes e Pablo Marçal têm 24%. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os três estão no mesmo patamar.

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