Apostas on-line

'As pessoas estão viciadas', diz Lula em reunião sobre bets

O presidente convocou para esta quinta-feira (3/10) uma reunião ministerial para estudar medidas contra o vício e o endividamento causado pelas apostas on-line

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (3/10) que o governo federal tratará os impactos das bets como uma questão de dependência. Ele convocou uma reunião ministerial nesta tarde para discutir medidas a serem apresentadas para reduzir o endividamento e o impacto social das casas de aposta.

“Tem muita gente se endividando, muita gente gastando o que não tem, e nós achamos que isso tem que ser tratado como uma questão de dependência. Ou seja, as pessoas estão dependentes, as pessoas estão viciadas”, declarou o petista na abertura do encontro, que começou por volta das 15h. “Daqui nós vamos tirar uma decisão, e depois vocês vão saber qual foi a decisão que o governo vai apresentar”, acrescentou o chefe do Executivo.

O avanço das bets no país e o endividamento causado por elas acendeu um alerta no governo federal. Lula pediu a seus ministros, na semana passada, que estudem medidas para conter os impactos negativos das apostas, como proibir o uso do Bolsa Família e acompanhar o endividamento por CPF.

Participam do encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, bem como os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), André Fufuca (Esportes) e Rui Costa (Casa Civil), além do advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Também estão presentes técnicos da Fazenda, incluindo o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, e o secretário de Prêmios e Apostas Esportivas da Fazenda, Régis Dudena.

Governo Bolsonaro "não fez absolutamente nada"

Lula destacou ainda que a legalização das bets ocorreu durante o governo de Michel Temer, em dezembro de 2018, e afirmou que o governo seguinte, de Jair Bolsonaro, “não fez absolutamente nada”. Também argumentou que sua gestão resolveu tratar do tema no começo do mandato.

“Quando nós entramos, já no primeiro semestre a gente começou a fazer uma avaliação do setor pelo Ministério da Fazenda. Depois, ainda em julho de 2023, nós fizemos já a primeira medida provisória. Depois tem um processo, que o Haddad vai falar, uma sequência do que aconteceu até o dia de hoje”, disse o presidente.

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