A subida de Alexandre Ramagem (PL) na corrida pela Prefeitura do Rio e Janeiro — segundo a mais recente pesquisa Quaest, o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro está com 20% das intenções de voto — acendeu a luz amarela na campanha de Eduardo Paes (PSD) — ainda folgado na liderança, com 53%. Porém, preocupados com a hipótese de haver um segundo turno na capital fluminense, lideranças de esquerda estão agindo para desidratar a campanha de Tarcísio Motta (PSol), que tem apenas 6%. E isso causou imenso mal-estar entre os aliados ideológicos.
Tarcísio sentiu o golpe do abandono pelos aliados. Em vídeo postado nas redes sociais, em 1º de outubro, definiu este movimento como "ataques coordenados" contra sua campanha. "Paes achou que venceria sem fazer campanha e, agora, está apelando para um absurdo voto útil da esquerda no primeiro turno, mas sem assumir nenhum compromisso com o eleitorado progressista", acusa.
Ao contrário de São Paulo, onde Guilherme Boulos se lançou amparado pelo Palácio do Planalto e pelo PT nacional, no Rio de Janeiro, Tarcísio Motta entrou na corrida eleitoral à revelia das correntes de esquerda. Desde o começo, o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o atual prefeito, tanto que fez várias agendas ao lado dele para turbinar a candidatura na capital que é o berço político do clã Bolsonaro. Tarcísio, por sua vez, não abriu mão da disputa e considera que a gestão de Eduardo Paes não contempla nenhuma proposta do chamado "campo progressista".
Saiba Mais
-
Política Candidato a prefeito é preso no Amazonas após jogar dinheiro em praça pública
-
Política 'Não votei em 2022, posso votar em 2024?'; especialistas respondem
-
Flipar Eleições: Países que têm urna eletrônica
-
Política Boulos cancela live com Lula após avião do presidente passar por pane
-
Política Tabata e Boulos dão mais atenção à mulher nos planos de gestão
-
Política Paes promete distribuir Ozempic na rede pública: 'Rio não vai mais ter gordinho'