Eleições 2024

Preso stalker acusado de ameaçar e perseguir candidata a vereadora

Coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL) e candidata a vereadora por São Paulo, Amanda Vettorazzo teve que cancelar agenda de campanha após receber ameaças de morte

Um homem foi preso preventivamente na segunda-feira (30/9) após tentar se aproximar, armado com uma faca de açougueiro, da candidata Amanda Vettorazzo (União Brasil), que disputa o cargo de vereadora em São Paulo. Após o incidente, que ocorreu durante um encontro com eleitores, o suspeito foi levado à Cadeia Pública de Mogi das Cruzes. Ele é acusado de perseguição e de ameaça à candidata.

Segundo a denúncia, Rafael Oliveira, 33 anos, agia como stalker nas redes sociais de Amanda, nas quais o homem dizia que ia esfaqueá-la. Na última sexta-feira (27), ele foi a um dos lugares divulgados para a campanha da candidata, onde afirmou aos presentes que “Amanda estava com os dias contados”. 

Coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL), a candidata precisou pausar sua campanha durante a reta final por medo das ameaças. A agenda foi modificada e ela cancelou atos como panfletaços e carreatas.

“Minha campanha foi muito prejudicada. É diferente quando eu não estou em campanha porque eu posso não falar onde eu estou, não tem problema. Em uma campanha eleitoral, eu tenho que avisar para as pessoas onde eu estarei, avisar meu eleitor. Mas, se eu estou atraindo meu eleitor, consequentemente, eu estou atraindo o Rafael. Então, eu tive que cancelar a última semana de agendas, não era só minha vida que estava em risco”, lamentou a candidata. 

O suspeito já havia sido detido no último 7 de setembro portando uma faca. À época, em depoimento, ele confessou que planejava abordar a candidata a vereadora para “tirar satisfações”, tendo sido liberado ainda naquele fim de semana. Segundo Amanda, no minuto em que Rafael saiu da delegacia, as mensagens continuaram. 

“Aí está uma dificuldade para a mulher. Eu estava tentando uma medida protetiva desde o dia 7, mas eu não tive essa medida protetiva. Quantas mulheres morrem aguardando a medida protetiva? Ele poderia ter me matado na segunda-feira”, apontou. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro 

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