SEM DESCANSO

José Múcio interrompe férias para acompanhar repatriação do Líbano

O ministro da Defesa estava nos EUA, mas decidiu voltar ao Brasil nesta quarta (2/10) para acompanhar a operação da FAB e tratar da pane sofrida pelo avião presidencial ontem (1º) na volta de Lula do México

O ministro da Defesa, José Múcio, interrompeu suas férias nesta quarta-feira (2/10) após o início da operação de repatriação de brasileiros no Líbano, nesta madrugada, e a falha sofrida pelo avião presidencial ontem (1º) no México, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a bordo.

Múcio passaria esta semana de férias nos Estados Unidos, mas volta ao país ainda hoje. Amanhã (3), ele deve se reunir com o presidente Lula para tratar dos dois assuntos, mas ainda não há agenda oficial marcada.

Ao Correio, o Ministério da Defesa informou que a decisão de Múcio foi tomada para acompanhar a repatriação de brasileiros no Líbano. O primeiro avião decolou na madrugada de hoje rumo a Lisboa, onde já está aguardando oportunidade para buscar cerca de 220 brasileiros no aeroporto de Beirute. 

Será o primeiro de vários voos, já que o país reúne a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio. Até o momento, mais de três mil pessoas já contataram a Embaixada do Brasil em Beirute pedindo a repatriação. Ainda não há data para o desembarque, mas espera-se que ocorra ainda neste fim de semana.

Troca de avião

Lula também deve aproveitar para discutir com Múcio a falha no avião VC-1, o principal utilizado pela Presidência. A aeronave apresentou um problema no motor logo após decolar na Cidade do México, e precisou queimar combustível por mais de quatro horas antes de voltar em segurança ao solo. Depois, o petista trocou de aeronave e chegou a Brasília nesta manhã.

O avião já apresentou falhas em outras ocasiões, e possui baixa autonomia, necessitando fazer várias paradas em voos mais longos. Ele possui 18 anos de operação, e precisa ser adaptado ou trocado.

O governo já estudava a possibilidade de adquirir uma aeronave mais moderna, usada, ou mesmo adaptar outros aviões já disponíveis, mas a compra foi suspensa por reclamações sobre o custo da operação. Após a pane, o Executivo deve acelerar a troca.

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