ORIENTE MÉDIO

Brasil mantém operação de repatriação no Líbano após invasão por terra

Israel iniciou uma incursão terrestre pelas fronteiras do país, ao mesmo tempo em que mantém ataques aéreos contra a capital, Beirute

O governo brasileiro decidiu manter a operação de repatriação de nacionais que estão no Líbano mesmo com a invasão da região por terra que foi iniciada por Israel na segunda-feira (30/9). A avaliação de momento, de acordo com fontes consultadas pelo Correio junto ao Ministério da Defesa e ao Itamaraty, nesta terça-feira (1/º10) é de que ainda existem condições de segurança para os voos.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva começou a cadastrar cidadãos que querem retornar ao país e deixar a área de conflito. Uma lista está sendo criada para a realização das primeiras retiradas. A prioridade é evacuar mulheres e crianças e pessoas com mobilidade reduzida ou problemas de saúde.
O Ministério das Relações Exteriores está em contato permanente com autoridades libanesas para buscar as autorizações necessárias. A retirada está prevista para ocorrer por meio do Aeroporto de Beirute que, apesar de ter sido alvo de bombardeio em suas proximidades, ainda está funcionando. 

Escalada do conflito

A avaliação da pasta é de que não é necessário autorização de Israel, pois a capital do Líbano está em poder de autoridades libanesas. No último sábado (28) ocorreu uma reunião entre representantes do Brasil e do Líbano para organizar o processo de retirada dos brasileiros e parentes que manifestem o desejo de deixar a região antes que o conflito se escale.
Na segunda-feira, Israel iniciou uma incursão por terra que, de acordo com o governo do país, "é limitada" e com foco "em terroristas do Hezbollah". Tanques e tropas especiais ultrapassaram a fronteira. Ao mesmo tempo, ataques aéreos foram lançados.

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