A movimentação no Congresso Nacional, logo após o segundo turno das eleições municipais, gira em torno de outra eleição: a da presidência da Câmara dos Deputados. Arthur Lira (PP-AL), que ocupa o cargo pelo segundo mandato consecutivo, oficializou nesta terça-feira (29/10) apoio à candidatura do deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Após o anúncio, feito logo cedo na presença de jornalistas, o dia segue atribulado e partidos buscam consenso entre seus membros. O PT e o PP confirmaram reuniões com parlamentares da legenda para o dia de hoje.
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O Partido dos Trabalhadores, inclusive, convidou Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) para participar do encontro. Ambos foram adversários de Motta na disputa pela vaga. A bancada da legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvirá os parlamentares em momentos diferentes da reunião.
Segundo a assessoria do PT, Antonio Brito será o primeiro a entrar no gabinete da liderança do partido na Câmara. Em seguida, será a vez de Elmar. Em uníssono, a bancada é mais uma das que sinalizaram apoio a Motta, pelos mesmos motivos de convergência alegados por Lira.
Os resultados do encontro, porém, ainda são incertos. Enquanto a reunião do PT acontece, Hugo Motta participa de uma reunião com o PP na Sala de Reuniões dos Líderes na Câmara. Líder do Progressistas, o deputado federal Dr Luizinho (RJ) foi uma das lideranças presentes no anúncio de Lira pela manhã.
Na última reunião da legenda com parlamentares, no período entre um turno e outro das eleições municipais, a opinião da maioria indicava o nome do escolhido por Lira. “Na tese de permanência, temos uma candidatura que significa a convergência dessas forças políticas, que é o Hugo Motta (Republicanos-PB)”, declarou o líder do PT na Câmara, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), à imprensa, na ocasião.
“Não queremos acirrar um processo de disputa na Casa. A presidência da Casa não é para ser da oposição ou da situação. A presidência tem que se portar como um árbitro onde quem tem maioria consegue aprovar aquilo que deseja. Então, não vamos tratar a presidência da Casa como uma questão do governo ou da oposição. Queremos um presidente que dialogue institucionalmente”, alegou o líder petista.
O encontro com os outros candidatos pode mudar o destino dessas eleições e desagradar Lira, que busca eleger seu sucessor com apoio dos partidos dos ex-presidentes Lula e Jair Bolsonaro, para unir a “preferência entre partidos que são muitas vezes antagônicos”, como afirmou mais cedo à GloboNews.
A eleição para a presidência da Câmara acontece em fevereiro de 2025.
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