A primeira-dama, Janja Lula da Silva, conversou com jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada na tarde desta quarta-feira (23/10). Ela foi conferir a falta de estrutura no local, que costumava ter um comitê, mas está em reforma há cerca de três meses.
Janja afirmou que as empresas de comunicação que desejarem podem montar barracas e estruturas na portaria o que, até então, era proibido. No entanto, a permissão vale até o próximo domingo (27), já que o presidente deve retornar ao Planalto na segunda-feira (28), após um período trabalhando de casa, no Alvorada, por recomendação médica. Ele se recupera de uma queda que sofreu no último fim de semana, na qual bateu a cabeça e tomou cinco pontos na região da nuca.
Ela não soube dizer quando a estrutura do comitê de imprensa ficará pronta. No entanto, disse que “irá providenciar” algum abrigo provisório para os jornalistas. Atualmente, a imprensa fica embaixo de uma mangueira, onde há três bancos para sentar. A situação ficou insustentável com o retorno da época de chuvas.
Sindicato denuncia falta de estrutura
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal emitiu um ofício na manhã de hoje pedindo medidas urgentes à Secretaria de Imprensa, vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
“O Alvorada tem sido local cada vez mais frequente de agenda e despachos oficiais do Presidente da República, que essa semana, inclusive, trabalha do local enquanto se recupera de um acidente doméstico ocorrido no fim de semana. Nessas situações, a única opção dos repórteres setoristas que cobrem a presidência tem sido trabalhar no interior dos veículos estacionados, como forma de se proteger das chuvas e outras intempéries”, diz parte do texto.
“Diante desse quadro, que o Sindicato considera desrespeitoso e degradante, foi solicitada a adoção de medidas emergenciais e imediatas, que incluem, principalmente, a instalação de tendas, mesas e cadeiras, disponibilidade de tomadas de energia (com segurança) e acesso a banheiros higienizados, sem prejuízo de outras adaptações que se apresentem necessárias. A entidade também pediu uma reunião de urgência entre a Secom, o sindicato e os setoristas, a fim de discutir soluções temporárias que possam assegurar um trabalho seguro e digno para a imprensa no Alvorada”, finaliza o sindicato.
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