Rússia

Com Putin, Dilma defende expansão do Brics e mais financiamento

A ex-presidente chefia o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), e participou nesta terça-feira (22/10) de reunião com o presidente da Rússia durante Cúpula de chefes de Estado do Brics

"Eu espero que possamos ter uma expansão maior dos países Brics para os países do Sul Global, e que possamos definir os novos rumos que devemos trilhar nos próximos anos", disse Dilma a Putin - (crédito: Kristina Kormilitsyna/Brics)

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), Dilma Rousseff, participou nesta terça-feira (22/10) de reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no âmbito da Cúpula do Brics.

Ao russo, a ex-presidente da República defendeu a expansão do bloco, principal tema da reunião que ocorre em Kazan, na Rússia, e a importância de novos mecanismos de financiamento para países do Sul Global. O NDB, conhecido como o “Banco do Brics”, tem sede na China e fornece crédito para os integrantes do bloco e aliados.

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“Eu espero que possamos ter uma expansão maior dos países Brics para os países do Sul Global, e que possamos definir os novos rumos que devemos trilhar nos próximos anos”, disse Dilma a Putin em português, com tradução simultânea para o russo.

“Portanto, essa questão fundamental dos recursos financeiros necessários para suprir nossas necessidades, ela tem um foco fundamental no momento atual junto com a expansão dos países membros”, acrescentou Dilma. Ela disse ainda que, apesar da alta capacidade de financiamento do Brics, ainda não é suficiente para atender as demandas dos membros.

Sistema financeiro

A presidente do NDB argumentou que países menos desenvolvidos têm dificuldades para acessar financiamento nos órgãos internacionais, e destacou a importância de se negociar nas moedas locais dos países, em vez de depender do dólar norte-americano e do Sistema Swift, gerido pelos Estados Unidos.

A negociação em moeda local é defendida pelo governo brasileiro e pelos demais países do Brics, que inclui Rússia, China, Índia, África do Sul, Etiópia, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Este último, apesar de ter sido aceito no bloco, ainda não oficializou sua adesão.

Dilma Rousseff foi indicada para chefiar o NBD pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no ano passado. O banco tem sede em Xangai, na China.

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postado em 22/10/2024 12:15 / atualizado em 22/10/2024 14:03
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