Congresso Nacional

PL condiciona apoio nas eleições no Congresso à anistia de Bolsonaro

Segundo Costa Neto, aqueles que se comprometerem para defender a PEC terão o apoio do Partido Liberal

A informação foi confirmada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. -  (crédito: Divulgação/Beto Barata / PL)
A informação foi confirmada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. - (crédito: Divulgação/Beto Barata / PL)

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto declarou, nesta quinta-feira (17/10), que o partido apoiará candidatos à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal que se comprometam a defender a projeto de lei da anistia — uma proposta que abre portas para reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro.

Costa Neto afirmou que, para o PL, o apoio a esse projeto será um ponto chave na sucessão das presidências das duas Casas. "Não tenha dúvida disso", respondeu Valdemar à CNN ao ser questionado sobre o tema. 

O ex-deputado, no entanto, destacou a dificuldade de obter apoio necessário entre os parlamentares da Câmara. "Agora, nós temos que convencer os deputados a votarem", admitiu. Além de apoiar o projeto, Costa Neto mencionou que o ex-presidente Bolsonaro também deve ser incluído no texto, para reverter a inelegibilidade.

Estratégia para reverter inelegibilidade

Valdemar foi enfático ao afirmar que a inelegibilidade de Bolsonaro será revertida. Ele comparou a situação do ex-presidente com a de Luiz Inácio Lula da Silva, que também enfrentou restrições legais antes de concorrer novamente à presidência. "Vamos lutar para incluir Bolsonaro", garantiu o presidente do PL, acrescentando que o caminho legislativo para reverter a inelegibilidade é mais "fácil" do que tentar uma decisão favorável na Justiça Eleitoral.

O PL da Anistia surge como uma estratégia para reabilitar Bolsonaro politicamente, uma vez que ele foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível por oito anos, acusado de abuso de poder político durante as eleições de 2022. Para o PL, conseguir aprovar a emenda seria uma forma de garantir que Bolsonaro volte a disputar cargos eletivos.

 

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postado em 17/10/2024 19:35 / atualizado em 17/10/2024 20:57
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