Relações exteriores

Lula defende presidente da Colômbia: "Perseguição política"

Gustavo Petro está sendo acusado de ter cometido irregularidades durante a campanha eleitoral

"Como alguém que já foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente Gustavo Petro", escreveu Lula - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou, nesta quinta-feira (10/10), sobre o embate político envolvendo o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. O colombiano é acusado de ter feito campanha eleitoral irregular em 2022.

“Como alguém que já foi vítima de todo tipo de perseguição política, manifesto minha solidariedade ao presidente Gustavo Petro. Não se pode abrir mão do devido processo legal, ainda mais quando o que está em jogo é a vontade do povo expressa democraticamente pelas urnas”, iniciou Lula, em publicação nas redes sociais. 

“Lembro que, em 2016, a presidenta Dilma foi vítima de um processo de impeachment sem fundamentação legal e esse foi o início de um período turbulento e traumático na história do Brasil”, acrescentou.

Entenda o caso

Nesta semana, o Conselho Nacional Eleitoral da Colômbia (CNE) aprovou a instalação de uma investigação contra o presidente Gustavo Petro e outras três pessoas da chapa dele por suposta “violação do regime de financiamento de campanhas eleitorais”, além do recebimento irregular de financiamento de pessoas jurídicas. Ao todo, U$ 875 mil estariam envolvidos nessas movimentações.

Em resposta às acusações, Petro fez um chamado à população para defender a democracia. “Peço ao mundo que preste atenção à Colômbia e nos ajude a defender a nossa democracia. É a hora do Povo. Como Presidente da República, eleito constitucionalmente, ordeno à Força Pública que não levante uma única arma contra o povo. Não podemos permitir que aqueles que pretendem usurpar o poder nos tirem o que construímos juntos, com esforço e sacrifício”, diz o presidente colombiano na declaração.

Sobre os valores que teriam sido recebidos por pessoas jurídicas, o chefe de Estado alega que eles foram enviados para o partido Colombia Humana e que, então, não teria sido utilizados na campanha de Petro.

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postado em 10/10/2024 21:33 / atualizado em 10/10/2024 21:34
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