ELEIÇÕES

PSD ultrapassa o MDB e torna-se o partido com mais prefeituras

O parido foi quem mais elegeu prefeitos no primeiro turno das eleições municipais e também saiu vitorioso nas capitais: emplacou três prefeituras

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é o principal expoente do PSD no Congresso
 -  (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado     )
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é o principal expoente do PSD no Congresso - (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado )

O PSD foi a sigla que mais elegeu prefeitos no primeiro turno das eleições municipais. Foram 882 candidatos vitoriosos nos 5.569 municípios em que houve disputas. O partido também saiu vitorioso nas capitais: emplacou três prefeituras: Eduardo Paes, no Rio de Janeiro; Topázio Neto, em Florianópolis; e Eduardo Braide, em São Luís.

Com isso, o PSD, presidido pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, avançou contra o MDB, que ocupava o primeiro lugar no ranking desde 2000. O MDB elegeu 833 prefeitos neste ano.

No Congresso, o principal expoente do PSD é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG). A participação dele nas campanhas de correligionários foi tímida — o senador passou em Brasília a maior parte do período antes do primeiro turno.

Parlamentares do PL chegaram a fazer um movimento contrário à eleição de candidatos do PSD por causa de Pacheco. Em 21 de setembro, os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) publicaram em suas redes sociais uma imagem com a legenda #55não, em referência ao número do partido do presidente do Congresso. "O partido que sustenta a ditadura de Moraes", afirma a publicação, numa referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A razão foi que, além de Pacheco não ter pautado o pedido de impeachment de Moraes, parlamentares do PSD não assinaram o documento que demanda a saída de Moraes do Supremo.

O pedido de cassação de Moraes, assinado por 152 deputados, tem a adesão de 36 senadores.

Câmara

A vitória do PSD nas urnas também pode ter consequências na eleição do próximo presidente da Câmara. A votação ocorrerá em fevereiro de 2025, mas é tema recorrente de discussões no Congresso há tempos.

Nos últimos meses, três pré-candidatos — Marcos Pereira (Republicanos-SP), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antonio Brito (PSD-BA) — se colocaram como postulantes à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Brito, no entanto, perdeu espaço, assim como os demais, com a chegada de Hugo Motta (Republicanos-PB) ao campo de negociações. Lira indicou, em um almoço em setembro, que apoiaria o nome de Motta em 2025.

Inicialmente, o preferido do presidente da Câmara era Elmar Nascimento. Como a candidatura dele enfrenta forte oposição entre os partidos que compõem o Centrão, e o nome do líder do PSD, Antônio Brito, também não decolou a ponto de despontar como um candidato competitivo, Lira mudou o rumo da conversa e, agora, reforça a posição de Motta. No União Brasil, a mudança de rota do presidente da Câmara está sendo interpretada por parlamentares como uma espécie de traição.

Brito também perde força dentro do próprio partido com uma série de derrotas que colecionou nesse primeiro turno. Na última semana, o deputado focou nas cidades de Jaguaquara, Jequié, Contendas do Sincorá, Maracás, São Sebastião do Passé, Lajedo do Tabocal, Itapetinga e Manoel Vitorino. Desses municípios, seus aliados venceram apenas em São Sebastião do Passé.

Ainda na Bahia, seu estado de origem, Brito tentou atrair apoio para candidatos do PT e do MDB, siglas de quem busca apoio para 2025. O deputado apoiou Geraldo Júnior (MDB) em Salvador, Zé Neto (PT) em Feira de Santana, Waldenor (PT) em Vitória da Conquista, Caetano (PT) em Camaçari e Celso Carvalho (PSD) em Juazeiro. A única vitória foi em Camaçari.

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postado em 08/10/2024 03:55
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