ELEIÇÕES 2024

Eleições municipais registram 21% de abstenção, diz Cármen Lúcia

Presidente do TSE acredita que a quantidade de pessoas que não foram votar não tem relação com episódios de violência na campanha

Ministra Carmén Lúcia, presidente do TSE, e outros ministros e autoridades, em coletiva de imprensa após as eleições de 2024 -  (crédito: Renato Souza/CB/D.A. Press)
Ministra Carmén Lúcia, presidente do TSE, e outros ministros e autoridades, em coletiva de imprensa após as eleições de 2024 - (crédito: Renato Souza/CB/D.A. Press)

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou, na noite deste domingo (6/10), que a abstenção nas eleições deste ano ficou em 21,71%, número que ela considera elevado. De acordo com a magistrada, a corte eleitoral vai avaliar os fatores que levaram a essa porcentagem.

"Tivemos 21,71% de abstenção, que continua sendo alto. Tivemos um comparecimento de 78,29% de eleitores. Neste domingo, tivemos justificativa com georeferenciamento por meio do e-titulo por parte de 2 milhões de eleitores. Houve um aumento de 29% nas justificativas, comparando com 2022", destacou.

A magistrada foi questionada se a violência nas eleições, inclusive entre candidatos, pode ter afastado o eleitor da urna. Porém, na visão dela, esse não foi um fator preponderante. "As causas de violência são muito distintas. Toda a violência contrária ao direito precisa ser devidamente combatida. O normal é que a pessoa saiba que vai votar para exercer um direito. A violência não me parece ser fator preponderante neste caso", disse.

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A presidente da corte eleitoral ressaltou que era esperado um grande uso de inteligência artificial para manipular informações na campanha, mas que isso não ocorreu.

Ela defendeu que o uso de inteligência artificial e a atuação das plataformas seja regulada. Mas afirmou que as resoluções definidas pelo TSE atuaram para coibir abusos. A ministra destacou que o número de urnas trocadas ficou dentro da normalidade e que o sistema eletrônico de votação funcionou como era esperado e que apenas 0,6% das urnas precisaram ser trocadas. "Tivemos o teste de integridade das urnas, que é mais um instrumento, não o único, da segurança das urnas", ressaltou.

"Eu mesma, na manhã de hoje, acompanhei a abertura dos trabalhos em Belo Horizonte. Agora à tarde fiquei sabendo de um problema no Maranhão, não com o teste de integridade, mas com a filmagem", completou Cármen.

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postado em 06/10/2024 22:10 / atualizado em 06/10/2024 22:16
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