Eleições 2024

Candidato do PSol reage à campanha de voto útil de Eduardo Paes

Uma onda de declarações de apoio à reeleição do prefeito do Rio entre políticos de esquerda e direita levou ao movimento pelo voto útil; esforço seria uma tentativa de evitar a chegada de um bolsonarista ao poder da capital fluminense

Lideranças de esquerda estariam agindo para desidratar a campanha de Tarcísio Motta (PSol), que tem apenas 6% -  (crédito: Renato Araujo/Câmara dos Deputados)
Lideranças de esquerda estariam agindo para desidratar a campanha de Tarcísio Motta (PSol), que tem apenas 6% - (crédito: Renato Araujo/Câmara dos Deputados)

A subida de Alexandre Ramagem (PL) na corrida pela Prefeitura do Rio e Janeiro — segundo a mais recente pesquisa Quaest, o candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro está com 20% das intenções de voto — acendeu a luz amarela na campanha de Eduardo Paes (PSD) — ainda folgado na liderança, com 53%. Porém, preocupados com a hipótese de haver um segundo turno na capital fluminense, lideranças de esquerda estão agindo para desidratar a campanha de Tarcísio Motta (PSol), que tem apenas 6%. E isso causou imenso mal-estar entre os aliados ideológicos.

Nomes como o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e as deputadas Jandira Feghali (PCdoB) e Benedita da Silva (PT), têm proposto abertamente o voto útil em Paes. A eles se juntou um dos cardeais do PT no Rio de Janeiro, o deputado federal Washington Quaquá, que também passou a fazer campanha pela reeleição do atual prefeito.

Tarcísio sentiu o golpe do abandono pelos aliados. Em vídeo postado nas redes sociais, em 1º de outubro, definiu este movimento como "ataques coordenados" contra sua campanha. "Paes achou que venceria sem fazer campanha e, agora, está apelando para um absurdo voto útil da esquerda no primeiro turno, mas sem assumir nenhum compromisso com o eleitorado progressista", acusa.

Ao contrário de São Paulo, onde Guilherme Boulos se lançou amparado pelo Palácio do Planalto e pelo PT nacional, no Rio de Janeiro, Tarcísio Motta entrou na corrida eleitoral à revelia das correntes de esquerda. Desde o começo, o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o atual prefeito, tanto que fez várias agendas ao lado dele para turbinar a candidatura na capital que é o berço político do clã Bolsonaro. Tarcísio, por sua vez, não abriu mão da disputa e considera que a gestão de Eduardo Paes não contempla nenhuma proposta do chamado "campo progressista".

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postado em 02/10/2024 17:53
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