A primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, foi presa na manhã deste sábado (28/9) pela Polícia Federal. A prisão aconteceu no âmbito da terceira fase da operação Território Livre, que investiga o envolvimento de facções criminosas na eleição de João Pessoa e o aliciamento violento de eleitores.
A PF também prendeu neste sábado Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, que seria secretária da primeira-dama.
Lauremília é suspeita de fazer indicações para cargos na prefeitura em troca de facilidade de acesso a comunidades da capital. Segundo a PF, a primeira-dama tinha contatos com pessoas ligadas ao crime organizado e que possuem controle de bairros periféricos de João Pessoa. O Correio tenta contato com Lauremília e representantes da primeira-dama, assim como Tereza Albuquerque. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
Seu marido, Cícero Lucena (PP), está concorrendo à reeleição. Em nota, o prefeito se disse alvo de "um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição" e afirmou se tratar de uma “prisão política”.
“Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos”, disse o prefeito na nota.
Na segunda fase da operação, a PF prendeu a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), aliada de Cícero Lucena, de quem foi secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos. Nesta quinta-feira (26/9), ela renunciou à a candidatura. A reportagem também tenta ouvir Raíssa. Em caso de resposta, o texto será atualizado.