Eleição em SP

Em crítica a Nunes, Boulos chama privatização de cemitérios de 'indústria da morte'

"A pessoa pobre não está conseguindo mais enterrar o seu ente querido no momento mais difícil da vida", alegou o candidato do PSol. Prefeito, contudo, negou aumento de preços

O prefeito Ricardo Nunes, que tenta a reeleição pelo MDB, fez uma pergunta sobre zeladoria e escolheu Guilherme Boulos para responder. O candidato do PSol esolveu, então, abordar o tema das privatizações de cemitérios em São Paulo, enfatizando que, após a ação, houve preço que chegou a subir 11 vezes. 

"A pessoa pobre não está conseguindo mais enterrar o seu ente querido no momento mais difícil da vida. O preço do velório aumentou quatro vezes", frisou Boulos, durante o debate do SBT/Terra/Rádio Nova Brasil para as eleições da Prefeitura de São Paulo realizado nesta sexta-feira (20/9).

Durante a tréplica, Nunes enfatizou que a privatização foi necessária devido ao programa de desestatização e argumentou que os preços estão congelados desde 2019.

"Estamos fazendo um grande programa de desestatização. Trazendo serviço público de maior qualidade. A questão das concessões dos cemitérios tem pouco tempo. O que está previsto no contrato são preço congelado desde 2019 e 25% de desconto para o velório social, e continua a gratuidade para aqueles que apresentam o atestado de pobreza", justificou.

Boulos insistiu, entretanto, que a concessão não beneficiou a camada mais pobre da sociedade paulista e que revogará a medida caso seja eleito.

"Quem precisou do serviço funerário de São Paulo sabe, na pior hora, da maneira mais dolorosa, que Ricardo Nunes ajudou a criar uma indústria da morte. E eu vou acabar com isso, vou revogar essa concessão do serviço funerário que foi péssima para o povo mais pobre da cidade", reforçou.

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