A candidata Tabata Amaral (PSB), afirmou, ao ser questionada pelo deputado Guilherme Boulos (PSol), que a saúde mental no Brasil ainda é um tabu. Segundo ela, ainda há dificuldade de falar sobre o tema, porque as pessoas têm preconceito e consideram que seja um “mimimi”. A afirmação foi feita durante o debate do SBT/Terra/Rádio Nova Brasil, nesta sexta-feira (20/9).
“A gente não consegue falar sobre esse tema, porque as pessoas têm preconceito, porque as pessoas acham que é um tabu. E a gente ouve tanto, ‘ah, é frescura, é mimimi’, só diz isso, quem nunca perdeu alguém da família, por conta de uma doença mental, por conta dessas questões que é igual a câncer. Não é culpa da pessoa, não é falta de fé, é uma doença, um desarranjo”, disse Tabata.
Segundo a candidata, durante a pandemia do covid-19 houve um crescimento no adoecimento mental da população. “O Brasil hoje perde mais policiais para suicídios do que policiais em confronto. De cada quatro mulheres, uma tem depressão pós-parto, que é uma doença silenciosa, porque você não consegue pedir ajuda, muitas vezes, nem seu marido, nem sua mãe sabem disso”, afirmou.
Tabata ressaltou que ao olhar para São Paulo, se observa uma insuficiência de profissionais trabalhando na área. “A gente olha hoje em SP, tem 1.300 psicólogos, para 12 milhões de habitantes, não faz nem cosquinha. Você pega na cracolândia, mil pessoas só na região central. Em São Paulo inteira, público e privado, 1.500 leitos, não faz cosquinha. Eu serei prefeita se Deus quiser, e São Paulo será referência número um, no cuidado psicológico, porque isso é fundamental”, pontuou.
Em seu comentário, Boulos questionou os candidatos que estão “confundindo”, traficante com usuário de drogas. “Traficante é caso de policia, usuário de droga tem que ser resgatado. Você que é mãe da periferia, sabe muito bem, conhece alguém que foi para a droga. Você acha que essa pessoa tem que ser presa? Não! Ela tem que ser tratada”, afirmou.