Foi presa na manhã desta quinta-feira (19/9) a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), em João Pessoa, que concorre à reeleição nas eleições municipais deste ano. A candidata foi alvo da Operação Território Livre, que combate o crime de aliciamento violento de eleitores.
Segundo o portal g1, a vereadora é suspeita de liderar um esquema que usava meios ilegais, inclusive violentos, para coagir eleitores a votarem nela. Outras três pessoas foram presas na ação policial.
A operação foi deflagrada pela primeira vez em 10 de setembro, quando três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa. Na ocasião, foram apreendidos R$ 35 mil em dinheiro e vários documentos com dados pessoais de diversas pessoas, que não eram residentes no local da busca, segundo a PF.
Raíssa foi um dos alvos de busca e apreensão na data e afirmou que era vítima de perseguição.
O Correio entrou em contato com a Polícia Federal para mais detalhes sobre a operação desta quinta, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.
O que diz a assessoria sobre a prisão
Nas redes sociais, a assessoria de Raíssa se pronunciou sobre a prisão e negou todas as acusações. "Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da Operação Território Livre e a verdade virá à tona e será esclarecida", diz um trecho da nota. "Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral", finaliza a nota (veja a íntegra no final da matéria).
Quem é Raíssa Lacerda?
Raíssa Lacerda é filiada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e assumiu o atual cargo após a morte do vereador Professor Gabriel, devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico.
Ela é casada com o advogado e gerente executivo das Casas da Cidadania, Roberto Azevedo Rodrigues de Aquino II e tem três filhos e um neto.
Na Câmara Municipal, ela começou a atuação em 2008, quando se elegeu vereadora pela primeira vez, se elegendo para o cargo em 2012 e 2016. Em 2020, foi eleita como suplente.
No poder estadual, a vereadora teve o mandado cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico e político e conduta vedada a agente público nas eleições de 2006, quando foi vice do governadora Cássio Cunha Lima.
Nas eleições de 2024, ela concorre à reeleição para vereadora e declarou R$ 180 mil em bens.
Íntegra da nota de Raíssa Lacerda
Raíssa Lacerda é inocente
Acordamos perplexos com a notícia da prisão da vereadora Raíssa Lacerda pela Polícia Federal e reiteramos sua inocência, estamos todos consternados e abismados com essa situação.
Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação “território livre” e a verdade virá à tona e será esclarecida.
Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade.
Raíssa é inocente e tem como provar.
Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral.
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