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Não há como esperar equilíbrio de candidatos desequilibrados, diz Casagrande

Ao CB.Poder, o governador do Espírito Santo comentou sobre a desordem política em meio às eleições municipais

A campanha eleitoral deste ano tem evidenciado uma crescente tensão política, refletido em atos agressivos como o registrado em um debate de São Paulo, quando um candidato lançou uma cadeira contra o adversário. No programa CB. Poder, parceria entre o Correio e a TV Brasília, desta terça-feira (17/9), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), comentou sobre a postura dos candidatos.

Casagrande expressou preocupação com o nível dos debates eleitorais, que têm se afastado de discussões construtivas e propostas, para darem lugar a ofensas e até agressões físicas. “Cada debate, ao invés de discutir proposta, tem só xingamento”, afirmou. O governador comentou sobre o incidente no último debate em São Paulo, destacando que “as provocações levam a esse desequilíbrio”.

Na visão do governador, não há como esperar equilíbrio de candidatos que baseiam as campanhas na desordem. “Não dá para pedir ao candidato desequilibrado ou aos candidatos desequilibrados que eles tenham equilíbrio, pois não terão, porque a estratégia dele é o desequilíbrio”. 

Para Casagrande, esse comportamento é uma tentativa de conquistar a maioria dos eleitores, mas ele acredita que cabe à população exigir mais. “Quem tem que pedir é a população, para que busque uma posição equilibrada, de bom senso, porque para governar um país, governar um estado ou um município como São Paulo, precisa de gente que tenha conteúdo e que tenha equilíbrio”.

Para o governador, existe um sentimento antipolítico que ainda permeia a sociedade brasileira. Casagrande reconheceu que essa insatisfação, muitas vezes alimentada por governos ineficazes, continua a ter um impacto negativo na política. “Ele continua presente e é forte na sociedade. Quem está no governo tem que saber que tem que responder mais rapidamente a antipolítica”, comentou.

Segundo o governador, essa sensação de descontentamento tem raízes na incompetência e na incapacidade de se atender às demandas da população em tempo hábil. Esse distanciamento entre o poder público e os anseios populares reforça a aversão de parte da sociedade à política tradicional.

Assista aqui:

*Estagiária sob a supervisão de Pedro Grigori

 

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