Ricardo Cappelli, ex-interventor federal na segurança do Distrito Federal, declarou apoio à atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e declarou ser “totalmente contra” o projeto que prevê anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em participação no Podcast do Correio, nesta quinta-feira (12/9), Cappelli enfatizou a gravidade do atentado nas sede dos Três Poderes e reforçou a posição contrária ao perdão para os presos do atentado.
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“Eu sou totalmente contra. No Capitólio, durante a invasão do Congresso dos Estados Unidos, morreram seis pessoas. Aqui, por muito pouco, não morreu ninguém, mas foi por um detalhe que não morreu. A soldado da polícia militar, soldado Marcela, foi machucada. Eles deram uma barra de ferro na cabeça dela, racharam o capacete dela, um capacete que pesa quase 4 kg eles racharam com a barra de ferro. Ela foi salva por um sargento no ato de bravura”. disse.
Cappelli relatou uma conversa com a soldado atacada em 8 de janeiro de 2023. "Ela me falou, 'interventor, eles racharam meu capacete com barra de ferro, retiraram o capacete, e eles iam me finalizar'. Isso não é brincadeira. Anistia para quem tenta matar um policial militar em serviço, não é possível. Sou absolutamente contra isso", disse.
Atualmente, Cappelli é presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), mas também é pré-candidato ao governo do Distrito Federal nas eleições de 2026, pelo PSB, partido do vice-presidente, Geraldo Alckmin. Ele já atuou como secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi nomeado interventor do Distrito Federal pelo presidente Lula após os atos golpistas de 8 de janeiro.
Cappelli manifestou ainda a confiança nas escolhas do ministro Alexandre de Moraes e condenou a depredação do patrimônio público.
“Veja, eu dou total confiança e dou o apoio na condução que o ministro Alexandre de Moraes tá dando para todos esses processos. O que aconteceu não foi um passeio no parque. Não pode. O patrimônio que foi depredado, além claro de ser um ataque às instituições, quem é que pagou aquilo? Fomos nós aqui e as pessoas que estão nos ouvindo. Por que depois quebram tudo, quebram os vidros, atacam as instruções e a gente trata como ‘ah o pessoal estava brincando”, isso não é brincadeira. Eu acho que o ministro Alexandre de Moraes tem sido muito firme e acho necessário ser firme e duro para que nunca mais se repita”, defendeu Ricardo Cappelli.
Confira a entrevista completa
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
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