O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou sete funcionários e ex-funcionários da Câmara Municipal por suspeita de cometerem "rachadinha" no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL). O chefe de gabinete Jorge Luiz Fernandes é acusado de liderar o esquema para desviar salários de servidores. O inquérito contra o vereador foi arquivado por falta de provas. Procurado pelo Estadão, o vereador não respondeu.
Segundo a Promotoria, Jorge Luiz Fernandes criou e administrou as "rachadinhas" - prática em que funcionários públicos devolvem parte de seu salário para o líder do esquema. Segundo a denúncia, ele aproveitou a influência de ser chefe de gabinete para que os acusados fossem contratados como assessores do vereador entre 2005 e 2021.
De acordo com o MP-RJ, no mínimo, R$ 1,7 milhão foi desviado para uma conta bancária administrada por Fernandes. O caso será encaminhado para a 1ª Vara Criminal Especializada do Rio de Janeiro, onde os acusados apresentarão suas defesas.
Sobre Carlos Bolsonaro, a Promotoria concluiu que faltam indícios para sustentar acusações contra o vereador no esquema de "rachadinha". As investigações apontaram falta de provas que mostrassem movimentações financeiras do esquema para contas de Carlos ou relacionadas.
"Embora existam indícios de que os assessores não estariam cumprindo corretamente sua jornada de trabalho, sem a devida prestação de serviços, não foi possível identificar nenhum indício de crime, apenas uma infração administrativa, o que torna os fatos atípicos do ponto de vista penal", diz o pedido de arquivamento da investigação contra o filho "02" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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